quinta-feira, 20 de julho de 2017

DIPLOMACIA CRIATIVA

(Jeff Danziger, http://www.nytimes.com)

Assim lhe chamou o editorial do “Le Monde” de ontem, referindo-se ao relacionamento direto que o presidente francês estabeleceu com Trump por ocasião pretextual do centenário da entrada dos Estados Unidos ao lado da França na Primeira Guerra Mundial (em paralelo com outras oportunidades também agarradas, como a inauguração da exposição “Pedro o Grande” em Versalhes com Putin ou a recordação dos trágicos dias de julho de 1942 com Netanyahu). Referindo-se à visita de Trump, Macron explicou-se de modo explícito como visando manter abertos os canais de comunicação e afirmando querer evitar que aquele “construa alianças oportunistas com outras nações que pudessem minar essa gramática internacional de que tanta necessidade temos”. Neste quadro, a fatura dos correlativos custos pessoais não passará de um detalhe para quem tenha o gosto (ou o sentido do dever, se assim se quiser perceber) pelo exercício da atividade política – porque, digamo-lo com frontalidade!, só desse modo se consegue suportar o insuportável de “detalhes” do gigantesco calibre provocatório de Trump e respetivas diatribes...

Sem comentários:

Enviar um comentário