segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

A COISA MAIS IMPORTANTE DAS MENOS IMPORTANTES DA VIDA


Uma semana de bloguismo e nem o mais pequeno toque na esfera futebolística, afinal “a coisa mais importante das menos importantes da vida”, como recorda hoje o Carlos Tê em mais uma das suas notáveis crónicas quinzenais em “O Jogo”.

Pois aí vai, começando pela confirmação de que o FC Porto sempre logrou, por obra e graça do FC Barcelona, a melhor aquisição europeia a que lhe era possível aspirar: a saída de Philippe Coutinho do seu adversário dos Oitavos da Champions, o Liverpool.



Depois, para cumprir a dolorosa missão de incluir na minha lista negra o nome de um tipo chamado Fábio Veríssimo, alguém que de há muito é conhecido por ser um protegido de algumas instâncias arbitrais e um internacional feito à pressa e sem currículo que para tal o qualificasse: eu não vi, porque vinha no ar a caminho de cá, mas a roubalheira de Santa Maria da Feira deve ter sido de rara monta, a acreditar nas afirmações de Sérgio Conceição e no comentário de vários especialistas.

Por fim, e voltando ao Tê, reproduzo com uma chapelada ao Monteiro dois sugestivos excertos do seu texto:

· “Qualquer adepto espera do seu clube uma suspensão momentânea do quotidiano. Só a vitória lhe dá isso, mas a sombra da derrota está lá sempre. Quando acontece, uns insultam o árbitro, a sorte, a equipa, o sistema, o mundo. Outros aprendem a educar a frustração, mas acordam de manhã chateados sem saber porquê, como se uma borra lhes envenenasse o espírito à revelia da razão.”

· “Depois, há a maioria silenciosa, que convoca pensamentos mágicos, leva a mesma camisa, os mesmos sapatos, o mesmo lenço. Um vizinho meu, quando ia às Antas, prendia na aliança o bilhete de autocarro, dobradinho, e só o trocava quando o jogo corria mal. Outro, na final de Viena, foi caminhar num bosque, longe de tudo, por cismar que o Porto ia perder se ele assistisse na TV. No fim, ouviu o alarido e soube que o seu isolamento tinha sido fundamental para a vitória.”

E assim fica quebrado um enguiço que tanto nos limitava...

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