quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

ECONOMIAS NACIONAIS EM SOBE E DESCE


Rankings são sempre rankings e nada mais do que um indicador sintético e sugestivo de uma determinada situação ou realidade. A nona edição da “World Economic League Table”, publicada conjuntamente pelo “Centre for Economics and Business Research” e pela “Global Construction Perspectives”, é somente a mais recente – e é-o muito claramente, visto ter sido publicamente disponibilizada em finais de dezembro – classificação mundial de economias nacionais a que acedi; ela integra 192 países e evidencia projeções relevantes a médio prazo (a 15 anos, concretamente, apontando para 2032).

O ponto mais saliente de tudo o que nos é revelado pelo relatório em causa tem a ver com a confirmação de uma dominância asiática à escala global – já clara em 2017, tal importância continental vai crescer em 2018 segundo indicam as previsões (com a Índia a ultrapassar o Reino Unido e a França e a fixar-se no quinto posto dimensional numa avaliação em dólares americanos) e aprofundar-se-á na década e meia seguinte (com a China a assumir a liderança global em final do período considerado, a Índia a subir ao terceiro lugar do pódio, a Ásia a albergar três das quatro maiores economias do mundo, a Coreia do Sul e a Indonésia a ocuparem o top ten por substituição da Itália e do Canadá, Taiwan, a Tailândia, as Filipinas e o Paquistão a entrarem para o grupo das maiores 25 economias, com o Bangladesh já à espreita no 31º lugar).

Alguns outros aspetos de entre variados suscetíveis de serem sublinhados: a perda temporal relativa de França e Reino Unido, mais daquele país do que deste, em favor da Índia no curto prazo e do Brasil no espaço de uma década; a saída da Itália do lote das dez mais no próximo quinquénio; a quebra posicional da Rússia (11ª em 2017 e 17ª em 2032); a melhoria da Austrália (13ª em 2017 e 11ª em 2026); a já não distante ultrapassagem da Espanha pelo México na ordenação.

E, a terminar, o registo de duas macrotendências muito fortes e impressivas: o prosseguimento de uma reconhecida evolução no sentido do decréscimo por parte do mundo dito desenvolvido em relação ao mundo dito em desenvolvimento (de 76% e 24%, respetivamente, em início do século para 44% e 56% em 2032) e a elucidativa constatação de uma Europa em visível recuo de significância (culminando no atingir de apenas 13,8% do PIB mundial em 2032, um peso que é aproximadamente metade do que detinha em 2000).

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